sexta-feira, 11 de março de 2016

Conta-me histórias: "Antes pouco, honrado, que muito, roubado"

Da saga "É tarde para economia, quando a bolsa está vazia." e "Quem conta um conto, acrescenta um ponto", hoje conto-vos a história dos senhores que deveriam zelar pela justiça e pelos interesses de toda a população da vila:

Na vila do primo Bruno, abundam os agentes da autoridade. Quem não conhece o chefe Pereira, o agente Mota ou o agente Simões?

São figuras conhecidas de todos os habitantes, é um facto, mas nem todos lhes dão crédito, por saberem que apesar de vestirem uma farda que em teoria lhes deveria conferir uma autoridade soberana e todo o respeito, são criaturas nojentas e sem escrúpulos que se servem dos seus pergaminhos para corromper em vez de colocar em prática as leis.

Fecham os olhos aos amigalhaços das patuscadas e aproveitam o horário de serviço para combinar todo o tipo de esquemas que lhes possam ser rentáveis de alguma forma. Basicamente sabem de todos os podres lá da vila, mas encobrem a seu belo prazer aqueles que lhes enchem de alguma forma os bolsos ou os saibam aliciar.

Lá na vila a máfia é livre de montar os seus esquemas, aos olhos de toda a população, que olha incrédula para tamanha criminalidade. Os roubos são feitos à luz do dia, de uma forma indecente e sem-vergonha, com os lesados a pedirem constantemente explicações aos agentes que vão assobiando para o ar e deixando passar incólumes os crimes que se vão cometendo.

O contrabando e tráfico de droga também são do conhecimento das autoridades, mas como vão recebendo incentivos para se manterem calados e todos ganham com o negócio tudo prossegue na maior das tranquilidades, como se de nenhuma anormalidade se tratasse.

Alguns habitantes lá da vila continuam a trabalhar honestamente para ganhar o seu sustento do dia-a-dia. Outros preferem o caminho mais fácil e justam-se à rede de tráfego e influências que por lá reside e conseguem assim enriquecer de forma desonesta e desleal.

Vai haver sempre lá na vila quem tente desmascarar esta enorme rede criminosa, mas lutar contra aqueles que têm o poder e que deveriam zelar pela justiça adivinha-se uma tarefa muito complicada.


Vai ser necessária muita persistência e união de todos os injustiçados e não ter medo de denunciar todas as falcatruas que forem testemunhadas às autoridades superiores para um dia acabar com toda a paz podre que reina lá no lugarejo. 

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