segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Prognósticos só no fim do jogo: "Remontada de Leão!"


Depois da excelente goleada por 6-0 ao Setúbal, na condição de visitante, o Sporting chegava ao último jogo da primeira volta com a certeza que independentemente do resultado o primeiro lugar estaria assegurado.

Adversário muito complicado, como se vinha a comprovar ao longo do encontro. O Braga jogou no erro do adversário e soube ser letal quando foi preciso chegar lá à frente e marcar, ao contrário do Sporting, que desperdiçou tantas oportunidades que dava para ganhar pelo menos uns três jogos por margem confortável.

Mais uma onda verde a invadir Alvalade. Foram mais de 42.000 leões a marcar presença no apoio à equipa, num dia em que o vento e a chuva não deram tréguas. Mais uma excelente casa e mais um fantástico ambiente no incansável apoio à equipa.

O Sporting começa melhor e João Mário e Slimani desperdiçaram oportunidades flagrantes para nos colocarem na frente do marcador. O primeiro após fantástica jogada coletiva fica na cara do guarda-redes, mas não o consegue desfeitear, deixando as bancadas a engolir o grito de golo que tinham preso na garganta. O argelino, após grande passe do mago Ruiz, tenta fazer chapéu ao guarda-redes depois de ficar isolado na cara do golo, levando todo o estádio as mãos à cabeça quando neste caso se pedia fuzilamento. Como dizia o outro: “O que é que é isso ó meu!?”.

A turma de verde e branco dominava a seu belo prazer, e o Braga limitava-se a defender no seu meio-campo. E foi mais uma vez o Sporting a criar perigo na sequência de um pontapé de canto por Paulo Oliveira, que vê o seu cabeceamento fulgurante bater no poste, bater no guarda-redes, mas acabar por não entrar.

Suspirava-se em Alvalade e bradava-se aos céus pelas bolas que teimavam em não entrar. E como quem não marca sofre, acabou por ser o Braga a chegar à vantagem por Wilson Eduardo, novamente a marcar ao seu antigo clube (apesar disso e ainda com o Sporting a perder por 1-2, aquando da sua substituição foi ovacionado pelos adeptos leoninos, em mais uma demonstração de porque somos diferentes!). O Braga marca, os adeptos do Sporting puxam pela equipa. Ninguém acreditava que aquele golo estragaria as contas deste jogo. O Sporting jogava melhor e acabaríamos por dar a volta ao resultado. Novo duro golpe nas aspirações leoninas antes do intervalo: apatia na defesa, principalmente William e Jefferson, e Rafa num bom trabalho individual surge em frente a Rui Patrício e remata para um golo de bela execução técnica.

Mas os adeptos não desistem. A equipa foi e voltou do balneário ao intervalo ao som de um “nós acreditamos em vocês!”. O Jesus mexeu na equipa, tirou um apático William e lançou o agitador Gelson Martins.

E a remontada começa precisamente num cruzamento de Gelson. O corpo fora da área, o braço dentro da mesma e penalti bem assinalado a favor do Sporting. O enorme capitão Adrien avança e não treme: bola no fundo das redes e Alvalade, que nunca deixou de acreditar, intensifica ainda mais o apoio à equipa. Faltam 30 minutos e também dois golos para chegar à vantagem. Ruiz descobre Slimani, que novamente isolado volta a falhar. De seuiga foi Gelson a rematar e Slimani não consegue bater o guarda-redes na recarga.

O Sporting ia desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades, mas como a sorte protege os audazes o empate chegou finalmente: cruzamento/remate de Jefferson, Montero apanha a bola redondinha, encheu o pé e sem deixar a bola cair fuzilou o guardião arsenalista. Estava refeito o empate e nova explosão de alegria em Alvalade.

Foi ainda altura de novo calafrio em Alvalade, Rafa surge isolado, mas Rui Patrício volta a fazer-se enorme, sempre maior do que qualquer baliza que defenda, e segura o empate com uma fantástica defesa.

Faltavam apenas dez minutos para o final da partida, mas toda a gente acreditava na vitória. A equipa embalou, Bryan Ruiz cruzou e Slimani faturou! Excelente cruzamento de Bryan, que descobriu Slimani no meio de 4! defesas do Braga. Desta vez Slimani quis ser feliz e disse que sim à vitória.

O estádio veio abaixo, foi a loucura total, toda a gente abraçava quem quer que fosse que tivesse a seu lado, afinal de contas somos todos uma família! E que família fantástica esta, que acredita de início ao fim, que eleva a sua voz até à rouquidão total, que continua a cantar e a celebrar vitórias depois do jogo acabar, com a satisfação de quem quer sonhar alto. A equipa cresce e supera todas as adversidades, a onda verde cresce e há cada vez mais gente nos estádios por onde joga o grande Sporting e não há como não acordar com aquele sorriso de quem vive um sonho tão lindo, tão especial. 

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